Poesia: Vultos à Espera de Quê?

18 jan 2025 - Daniely Silva Poesia

No ponto grita o silêncio
Multidão de um só trabalhador
Estáticos na sua dor
De vultos em transe abstêmio

Olhar fixo em sua luta
Todos numa só espera
Duma estrada austera
Suportando a vil labuta

Sentindo pesar a jornada
Sem força alguma pra amar
Enorme esforço ao respirar

A existência mascarada
revela a fragilidade
do habitar esta cidade

Escrito aos 7 de julho de 2022.